terça-feira, 15 de setembro de 2009

GUSTAVO HENRIQUE TEIXEIRA RIBEIRO AUTOR DE CASOS E LENDAS DO SERTÃO DAS CARRANCAS DAS MINAS GERAIS

CONTATOS: gutavohenrique@gmail.com ou gustavo@osteixeiras.com.br TELEFONE: (35)88346753

O ROTEIRO DE PADRE LOURENÇO DE TOLEDO TAQUES EM CARRANCAS MINAS GERAIS

No Sertão das Carrancas vivia um padre que era muito estimado pelo povo. Pois era muito bondoso, ajudava os pobres e vivia uma vida simples sem regalias e bens materiais.Já estava idoso e tinha muitos anos que era vigário naquela freguesia. Estava cansado e fraco, pois suas ovelhas de Cristo tomavam todo o seu tempo para fazer confissões.Todos os dias acordava e ia direto para a igreja matriz para escutar as confissões das beatas. Algumas iam todos os dias para se confessarem e pedir-lhe a absolvição dos pecados cometidos. Ao terminar todas as confissões as mulheres sentiam-se mais aliviadas, e o padre Toledo Taques cansado de tantas confissões.Então o padre em certa noite teve a idéia de dividir o trabalho das confissões das mulheres. Organizou um roteiro que seria lido na missa do próximo domingo na matriz da freguesia.No domingo marcado, quando terminou a missa, o padre pediu um minuto da atenção dos fiéis da paróquia, pois iria ler o roteiro das confissões das mulheres. E falou assim:___Minhas queridas devotas de Cristo! Estou velho e cansado, tenho trabalhado muito ultimamente com as confissões. Como o número de mulheres pecadoras cresceu muito nesses tempos para cá, resolvi fazer um roteiro para agilizar o serviço do confessionário e diminuir o trabalho que eu estava tendo com o grande número de confissões. A partir dessa semana as confissões serão assim: na segunda-feira confessarei as maldizentes. Na terça-feira as ladras. Na quarta-feira as hipócritas. Na quinta-feira as bêbadas e infiéis aos maridos. Na sexta-feira as feiticeiras e mentirosas. No sábado as preguiçosas e no domingo as comilonas e outros tipos de pecados.Desse dia por diante nenhuma daquelas santas beatas voltou a confessar naquela freguesia, e o padre Lourenço de Toledo Taques viveu ainda muitos anos na santa paz do Senhor. THE PRIEST SCRIPT TOLEDO TAQUES In the Hinterland of the Figureheads a priest lived who was very esteem for the people. Therefore he was very kind, he helped the poor persons and he lived a simple life without exemptions and corporeal properties. Already he was aged and he had many years that were vicar in that clientele. He was tired and weak, therefore its sheep of Christ took its time all to make confessions. Every day it woke up and it went direct for the first church to listen to the confessions of the very devout women. Some went every day to confess and to ask for to it absolution to it of the committed sins. When finishing all the confessions the women were felt alliviated more, and the priest Toledo tired Taques of as many confessions. Then the priest in certain night had the idea to divide the work of the confessions of the women. He organized a script that would be read in the mass of the next sunday in the matrix to the clientele. In the marked sunday, when he finished the mass, the priest asked for one minute of the attention of the fidiciary offices of the parish, therefore he would go to read the script of the confessions of the women. E spoke thus: ___Minhas wanted devoted of Christ! I am old and tired, I have worked very lately with the confessions. As the number of pecadoras women grew very in these times for here, I decided to make a script to speed the service of the confessional and to diminish the work that I was having with the great number of confessions. From this week the confessions will be thus: in the monday I will confess the maldizentes. In you bark them to the tuesday. In the Wednesday the hypocritical ones. In the thursday the drunks and infidels to the husbands. In the friday the witches and liars. In Saturday sluggish and the sunday comilonas and other types of sins. Of this day for ahead none of those saints very devout women he came back to confess in that clientele, and the Lourenço priest de Toledo Taques still lived many years in the saint peace Mr.

REVOLTA DOS ESCRAVOS AFRICANOS EM CARRANCAS MINAS GERAIS

Desde os primeiros bandeirantes que estiveram na região do sertão, a presença de escravos era constante, principalmente indígena, pois eles sabiam enfrentar fome, eram habilidosos na caça e também na pesca.Logo a escravidão indígena foi diminuindo e passou a se escravizar africanos, pois eram mais fortes e resistentes para o trabalho forçado.A fuga de escravos começou a partir do século XVII em todo o Brasil. Os fugitivos montavam acampamentos nos matos, longe das vilas dos brancos, chamados de quilombo, que quer dizer (refúgio, abrigo).No sertão das Carrancas existia um quilombo, ficava na região que hoje seria Madre Deus de Minas e São João Del’ Rei, perto do Rio das Mortes onde aconteceu a guerra dos Emboabas.Essa fuga para o quilombo, vinha acontecendo desde os princípios do século XVIII, e contava com mais de 4000 quilombolas.Bartolomeu Bueno do Prado foi enviado pelo império português com um exército de mais de 1000 homens fortemente armados, a missão era destruir completamente o quilombo e matar todos, para que servisse de lição para os outros escravos.O exército cercou o quilombo, a guerra foi cruel e desumana, de um lado os quilombolas com lanças de madeira e pedras nas mãos, do outro, cavalaria fortemente armada com espadas e garruchas.Não demorou muito e Bartolomeu conseguiu vencer a resistência, voltou para Vila Rica com o dever cumprido e com 3900 orelhas cortadas. Nota-se que na época era comum o vencedor cortar a orelha vítima, servia como um troféu e para comprovar a vitória. Januário Garcia na sua vingança seguiu o mesmo exemplo que Bartolomeu.O quilombo do Rio das Mortes foi destruído em 1751, 82 anos mais tarde o sertão das Carrancas iria enfrentar um novo conflito entre escravos e seus Senhores, que ficaria conhecido como Revolta de Carrancas (1833).Já no começo do século XIX os escravos africanos começaram a se rebelarem contra seus donos, na maioria fazendeiros. Essa revolta seria a mais sangrenta do Sudeste do Império, como falou Marcos Ferreira de Andrade.A revolta durou muitos anos, escravos faziam emboscadas nas estradas e roças para matarem seus donos e familiares.O sonho de liberdade mais a sede de vingança dos maus tratos sofridos desencadearam uma rebelião que durou toda a primeira metade do século XIX.Em Carrancas são diversos casos de famílias que perderam parentes com a revolta. As famílias Teixeira e Andrade tiveram parentes mortos em emboscadas.Em Cruzília-MG a família Junqueira perdeu vários membros de sua família na fazenda Bela CruzEsse fato influenciou revoltas em várias partes de Minas Gerais. E contribuiu para acelerar as leis abolicionistas.Carrancas como palco da revolta, deixaria o Império assustado com uma revolta em massa.Francisco Teodoro Teixeira foi um dos que morreram em emboscadas no século XIX. Já ia tranquilamente por uma estrada com seu cavalo. Teve que parar em uma porteira foi quando derrepente saiu do mato vários escravos com pedaços de madeira nas mãos. Foi morto a paulada e sua perna amarrada e estribo do arreio. Os escravos assustaram o cavalo, e esse arrastou Teodoro de volta para a fazenda.Na fazenda do Leme um dia o senhor dos escravos saiu com eles para capinarem uma roça de milho. O senhor sempre ia prevenido com punhal e arma de fogo. Todos os dias eram a mesma coisa, sentava debaixo de uma árvore e ficava vendo seus homens capinarem no sol. Um belo dia quando estava tranquilamente descansando, o sol estava forte e mormaço escaldante, Deu uma pequena cochilada, acordou com um estalar de madeira, quando abriu os olhos recebeu uma enxadada na cabeça. Foi morto ali mesmo, e os escravos fugiram para a mata, certamente iriam para algum quilombo próximo. REVOLT OF THE AFRICAN SLAVES IN FIGUREHEADS, MINAS GERAIS, BRAZIL Since the first bandeirantes that had been in the region of the hinterland, the presence of enslaved was constant, mainly aboriginal, therefore they knew to face hunger, were adept in the hunting and also in she fishes. Soon the aboriginal slavery was diminishing and passed if to enslave Africans, therefore they were stronger and resistant for the forced work. The escape of slaves started all from century XVII in Brazil. The fugitives mounted encampments in the matos, far from the villages of the whites, calls of quilombo, that he wants to say (shelter, shelter). In the hinterland of the Figureheads quilombo existed one, was in the region that today would be Madre God of Mines and Is João Del' King, close to the River them Deaths where the war of the Emboabas.Essa happened escape for quilombo, it came happening since the principles of century XVIII, and counted more than on 4000 quilombolas. Bartolomeu Bueno of the Prado was sent by the Portuguese empire with an army of more than 1000 strong armed men, the mission was to destroy quilombo completely and to kill all, so that it served of lesson for the other slaves. The army surrounded quilombo, the war was cruel and desumana, of a side quilombolas with spears wooden and rocks in the hands, of the other, cavalry strong seted with swords and garruchas. It did not delay very and Bartolomeu obtained to win the resistance, came back toward Rich Village with the fulfilled duty and 3900 cut ears. It is noticed that at the time the winner was common to cut to the ear victim, served as a trophy and to prove the victory. Januário Garci'a in its revenge the same followed example that Bartolomeu.O quilombo of the River of the Deaths was destroyed in 1751, 82 years later the hinterland of the Figureheads would go to face a new conflict between slaves and its Gentlemen, who would be known as Revolt of Figureheads (1833). No longer start of century XIX the African slaves had started if to rebel against its owners, in the majority farmers. This revolt would be bloodiest southeastern of the Empire, as Blacksmith of Andrade.A spoke to Landmarks revolt lasted many years, slaves made ambushes in the roads and roças to kill its familiar owners and. The freedom dream the headquarters of revenge of suffered maltreatment had more unchained a rebellion that lasted all the first half of the XIX.Em century Figureheads is diverse cases of families who had lost relatives with the revolt. The families Teixeira and Andrade had had relatives died in ambushes. In Cruzília-MG the Junqueira family lost some members of its family in the farm Beautiful CruzEsse fact influenced revolts in some parts of Minas Gerais. E contributed to speed up the referring to abolitionism laws. Figureheads as palco of the revolt, would leave the Empire scared with a revolt in mass. Francisco Teodoro Teixeira was one of whom they had died in ambushes in century XIX. Already he went tranquilamente for a road with its horse. He had that to stop in a portière he was when derrepente left the weeds some slaves with pieces wooden in the hands. He was died paulada and its moored leg and stirrup of the harness. The slaves had scared the horse, and this dragged Teodoro in return for the farm. In the farm of the Helm one day Mr. of the slaves roça of maize left with them to capinarem one. Mr. always went prevented with punhal and firearm. Every day they were the same thing, it seated underneath of a tree and it was seeing its men to capinarem in the sun. A beautiful day when it was tranquilamente resting, the sun was strong and escaldante sultry weather, Gave a small one cochilada, woke up with estalar wooden, when it opened the eyes received a stroke with a hoe in the head. He was died there same, and the slaves had run away for the bush, certainly would go for some quilombo next.

terça-feira, 19 de maio de 2009

NOTA PRELIMINAR

Vida: Gustavo Henrique Teixeira Ribeiro nasceu aos 23 de novembro de 1980, em Brasília Distrito Federal. A sua família de extração luso-mineira, aí se instalara, no começo do século XVIII, atraída pela terra e por causa da constante ameaça de erupção vulcânica e terremotos que em 1672 havia destruído a povoação de Feteira, ilha do Faial, Arquipélago do Açores, a 1400 km de Lisboa.
A MULHER LOIRA
Certa vez, Maria de Lourdes Garcia entrou na casa da fazenda Leme. Passando em frente a sala de jantar, reparou que na mesa enorme de madeira encontrava-se uma mulher loira escrevendo em um pedaço de papel. Como a mulher estava muito concentrada, Maria passou por ela sem dizer nada.Chegando na cozinha onde estava muitas pessoas tomando café perguntou:
___Quem é aquela mulher loira que está na sala de jantar?
O pessoal apenas respondeu:
___Que mulher loira?
___Aquela que está escrevendo na mesa da sala de jantar! Respondeu Maria.
Haroldo e Silvia (proprietários da fazenda) e Adão (filho dos proprietários) que estavam na cozinha foram verificar quem era a pessoa que Maria estava falando.Quando chegaram na sala de jantar, ficaram surpresos, pois na mesma não se encontrava ninguém. Olharam de fora da casa, mas não tinha nenhum sinal da misteriosa mulher loira.
Como diz o grande escritor de contos de assombração Gilberto Freyre:___As assombrações andam pelo Brasil inteiro, tendo o mesmo caso em regiões diferentes...Assombrações como: bater na porta, cair pedra dentro de casa, escutar barulho de corrente ou de pessoas andando, objetos que se mechem são comuns em vários lugares do Brasil.Os casos contados abaixo são todos acontecidos em Carrancas - MG são casos que permaneceram na memória de seus habitantes e foram passados de geração para geração. As the great assombração story writer says Gilbert Freyre: ___As assombrações walk for entire Brazil, having the same case in different regions… Assombrações as: to beat in the door, to fall house rock inside, to listen to racket of chain or people walking, objects that if mechem are common in some places of the Brasil.Os counted cases below are all happened in Figureheads - MG are cases that had remained in the memory of its inhabitants and had been passed of generation for generation
A PORTEIRA DO ÓLEO
Entre as terras do Valinho e a Jabiraca, região leste do município de Carrancas, existe uma porteira de madeira grande e pesada que dizem ser mal assombrada. Ela está do lado de uma grande e antiga árvore de óleo, daí o nome porteira do óleo.Alguns moradores da região dizem ter visto uma forte luz na porteira, parecendo uma bola de fogo, outros dizem que ela bate sozinha.
O MENINO MISTERIOSO
O senhor Haroldo Teixeira de Andrade tinha saído cedo da fazenda Leme para campear uma vaca que estava desaparecida. Algum tempo depois voltou para casa sem pista alguma do animal.Pessoas que estavam na casa viram ele chagando pela janela com um menino mulato na garupa de seu cavalo.Quando entrou em casa, perguntaram-lhe quem era o menino que veio engarupado com ele.Surpreso com a pergunta, respondeu que não tinha trazido ninguém na garupa de seu cavalo. Foi para cozinha e tomou um café. Logo depois saindo na porta principal da casa, avistou um menino mulato em cima do muro de pedra do curral. Gritou com ele para descer, pois poderia cair ou derrubar alguma pedra. O menino só ria e gargalhava para ele. Irritado com o deboche, voltou para dentro de casa para pegar um reio que estava atrás da porta da sala. Quando saiu da casa com o reio na mão, o menino mulato tinha desaparecido misteriosamente.
O CANTO DO CARRO DE BOI
A muitos anos atrás, quando ainda levava os caixões no carro de boi para serem enterrados nas capelas, existia dois irmãos fazendeiros que moravam no sertão das Carrancas.Uma briga por causa da partilha da herança levou os dois a ficarem inimigos para o resto da vida. Quando um dos irmãos morreu, preparam o carro de boi para levar o caixão até o cemitério na capela do Espírito Santo.A estrada que levava para o cemitério passava dentro da fazenda do irmão inimigo, dentro do curral bem perto da casa de morada.O cortejo saiu da fazenda do morto, muitos familiares seguiram a pé junto do carro que transportava o defunto, menos a família do irmão inimigo.O carro de boi era muito grande e precisava de muito peso para cantar (som característico emitido pelo eixo do carro).As duas fazendas ficavam longe uma da outra, e o irmão inimigo ficou esperando com sua família na janela de sua casa o carro passar com o morto.O cortejo já vinha pela estrada no maior silêncio do mundo, pois para o carro de boi cantar precisava de muito peso, pois o caixão com o corpo eram muito leve para fazer o carro cantar.O irmão do morto estava ansioso para passar logo o enterro em frente de sua casa, não iria seguir junto com os parentes o enterro, porque até depois de morto o irmão ainda o odiava.Foi então que apareceu o carro no alto do morro, muitas pessoas acompanhavam em silêncio. O irmão inimigo já tinha deixado as porteiras do curral abertas para passarem logo por sua residência.Todos que estavam na casa se dirigiram para as janelas inclusive o irmão inimigo, ficou em silêncio vendo a multidão se aproximar com o caixão.Quando o carro de boi entrou no curral da fazenda, começou a cantar, parecia que estava carregando uma tonelada, as pessoas que acompanhavam o enterro ficaram assustadas, pois o carro ainda não tinha cantado nenhuma vez no percurso. O carro de boi cantou tão alto que o eco vinha de longe. Quando o carro saiu do curral da fazenda ficou em silêncio, e não mais cantou até chegar ao cemitério.
Quando os bandeirantes chegavam na serra da Mantiqueira vindos de São PAlinhar ao centroaulo, já ficavam preocupados com os tatus brancos que atacavam no sertão. Os tatus eram índios que moravam na região e se abrigavam em muitas cavernas secas em suas serras. Eram canibais e atacavam durante a noite os acampamentos dos exploradores. Enxergavam melhor que uma coruja na escuridão, conheciam as trilhas e todas as noites iam atrás de suas presas. Muitos bandeirantes que desapareceram nessa época, provavelmente foram mais vítimas dos temíveis tatus.Os tatus brancos moravam na mesma região que os índios Cataguás (sul de Minas Gerais). Receberam esse apelido porque se abrigavam em cavernas, e pintavam o corpo com argila branca.Foi então que organizaram uma bandeira em São Paulo para atacarem os tatus e destruílos, pois o medo dos bandeirantes no sertão era constante.Foram convocados os melhores homens, e marcharam rumo ao sertão para cumprir a missão.Chegando ao sertão, fizeram um acampamento em um local onde já tinham desaparecido vários bandeirantes. Ficaram então esperando os tatus atacarem.Foi quando começaram a escultar barulho de pessoas andando na mata, um bandeirante comentou:____Escutem todos! São eles chegando! Conheço esse barulho na mata! Eles têm faro de cachorro! Se não fugirmos agora seremos devorados!O chefe da bandeira estava apavorado, mais queria encontrar cara a cara com os terríveis tatus.Então o barulho foi se aproximando cada vez mais do acampamento. Os bandeirantes apavorados esperavam o ataque com garruchas nas mãos, espada e faca na cintura.Der repente o barulho na mata acabou. Escutavam só os grilos. Então os tatus começaram a uivar como lobos. Parecia que tinha centenas deles no meio da mata. Não suportando aquele barulho infernal, os bandeirantes começaram a atirar par todos os lados.Só que os tatus já estavam acostumados com o barulho das armas de fogo, e enfrentavam qualquer desafio para conseguir carne humana.Acabando as munições, os bandeirantes começaram a fazer nova recarga. Então uma chuva de flechas e lanças caiu sobre o acampamento. Começou então uma gritaria de pessoas feridas, foi quando os tatus abandonaram o mato e começaram o ataque corpo a corpo. Usavam lanças de madeira e porretes. Em poucos instantes, vivos, mortos, desmaiados, todos foram arrastados para dentro da mata. Apenas um bandeirante sobreviveu. Pois parece que os tatus iam deixar um para engorda. O sobrevivente acordou em uma caverna no meio da serra depois de levar uma paulada na cabeça.Olhou em sua volta e viu que índios o vigiavam com lanças na mão. Observou e viu que o corpo dos indígenas eram pintados com listras branca. Reparou um índio que estava do seu lado, e percebeu que se tratava de uma mulher. Foi quando os outros indígenas saíram para a mata e ele ficou sozinho com a índia o vigiando.Os dois ficaram se olhando por um bom tempo. O bandeirante sabia que naquela instante seus amigos estavam todos mortos, e ele mesmo se tentasse uma fuga seria logo capturado, pois estava perdido na serra.A índia olhava com compaixão o prisioneiro, seus olhos azuis facinavam-a, e a índia começou a se comover com a tristeza de sua presa. Ninguém entendia a língua do outro e der repente à índia fez um sinal para o bandeirante ir embora. Ele levantou-se, a índia sorriu para ele. Desesperado saiu correndo pela mata, ficou dias caminhando na serra até encontrar um acampamento de um outro grupo de bandeirantes que vinha do sul da região, foi onde contou o ocorrido e se formou a lenda dos tatus brancos.
A vila de Luminárias, antigamente denominada Nossa Senhora do Carmo de Luminárias surgiu em 1798. Esse no me Luminárias surgiu porque apareciam pontos luminosos perto da serra do navio. Essas luzes misteriosas que brilhavam a noite e às vezes perseguiam pessoas, despertou a curiosidade de muitos. A ocorrência das luzes foi tão impressionante que no local onde apareciam a serra começou a se chamada de serra de Luminárias e logo a cidade passou a ter o mesmo nome.Essas luzes são vistas frequentemente nas cidades de Carrancas, Luminárias e São Tomé das Letras. Mas esse fenômeno estranho para muitos não passa de um simples raio esférico.O raio esférico é um fenômeno raro de acontecer, mas em determinadas regiões aparecem com mais freqüência. Enquanto o relâmpago comum cai do céu como um dardo, ou sobe da terra, o raio esférico é como um meteoro, com uma cauda que desloca perto do chão. Em geral acompanha linhas telefônicas, de energia ou serras por alguns segundos e depois desaparece. Há ocorrências de “bolas de fogo” entrarem em casas ou andarem ao lado de automóveis. No entanto, como esse fenômeno é de pouca ocorrência e sua passagem extremamente fugaz, os cientistas só começaram a estudar o assunto em meados do século XX e ainda não encontraram sua verdadeira explicação. Mas já existem algumas características como o tamanho de 15 a 50 centímetros de diâmetro, forma esférica, alongada ou oval. Tem cores variadas como o branco alaranjado ou azul. Elas seguem trajetos retilíneos ou em ampla curvatura, flutuam a esmo acima do solo durante alguns minutos. As “bolas de fogo” tendem a ocorrer em locais de ar estacionário, como em pântanos, vales ou depressões.
Itumirin tem origem em uma história de amor. Goulart Brum, comerciante, apaixonou-se pela filha do bandeirante Amador Bueno, da mesma família de Armador Bueno “O Aclamado” rei do Brasil em São Paulo. Armador Bueno era um rico fazendeiro, e sua fazenda ficava onde se encontra o município de Itumirin hoje. Ele era contra o casamento da filha com um simples comerciante de bugigangas. Amador era da nobre família Bueno, de famosos bandeirantes que desbravaram o Brasil. Queria um noivo para sua filha que fosse mesma nobreza que a dela.Irritado com a proibição do casamento, Goulart planejou uma fuga com a filha de Amador. Certa noite pegou seu cavalo e foi em direção a fazenda, burlando a vigilância dos empregados, fugiu com a moça para o arraial de Campanha. Ali se casaram e ficaram escondidos na região por alguns dias.Goulart sabia que Amador iria mandar seus empregados para acharem os fugitivos. Com esse temor, tomou coragem e decidiu voltar com sua esposa para a fazenda do sogro e se entregar. Pois já tinha ouvido falar das ameaças do sogro.Chegando na fazenda, todos ficaram surpresos com a coragem de Goulart. Amador quando viu ele e a sua filha teve vontade de matar ele ali mesmo. Mas olhou para sua filha e viu que ela realmente gostava de Goulart. Pensou alguns minutos sem dizer nada, e derrepente falou:___Vou perdoar vocês dois e abençôo o casamento...A família de Amador chegou no Sertão das Carrancas em 1720. Era uma bandeira com várias integrantes que vinha de São Paulo para explorarem o grande sertão.Aportou primeiro nas margens do rio Grande no município de São João Del’ Rei. Faziam para dessa bandeira: Capitão Francisco Luiz Bueno da Fonseca, seus filhos, Capitão Manuel Francisco Xavier Bueno, Pascoal Leite Pais, Salvador Jorge Bueno, Capitão - Mor Diogo Bueno da Fonseca, Capitão de cavalos Pedro da Silva Miranda com alguns escravos e parentes. Deram o nome de Nossa Senhora da conceição do Rosário da cachoeira do rio Grande, e ali construíram uma capela com o mesmo nome. Possuíam muitas terras e começaram a povoar e explorar ouro na região.Anos depois fundaram a cidade de Lavras. O primeiro nome foi Lavras do Funil e surgiu por volta de 1729 com a descoberta de ouro. Quem descobriu ouro em Lavras o bandeirante Capitão Francisco Luiz Bueno da Fonseca.Lavras do Funil cresceu rapidamente por causa das minas de ouro. Em 1751 foi construída uma capela de dedicada a Santa Ana. O povoado em 1760 já possuía mais habitantes que o povoado de Carrancas, sede da freguesia.Os filhos de Francisco Bueno fundaram a capela de Nossa Senhora da Conceição do Rosário dos Serranos, onde tem início a origem de Serranos.O Capitão Mor Francisco Bueno da Fonseca de acordo com o livro de óbito nº. 1 de Lavras (do arquivo público), morreu em 1752 com mais de 80 anos de idade.
Em São Vicente de Minas a história da origem da cidade está ligada à descoberta de uma imagem.Francisco José de Andrade e Mello tinha uma fazenda na região. A fazenda era muito grande, com terras muito boas para o plantio e criação de gado. Como era rico possuía alguns escravos.Um dia a fazenda ficou sem água, uma represa arrebentou e foi preciso ir até a nascente para fazer um rego de água para chegar novamente água na fazenda. Francisco saiu com alguns escravos. Chegando na mata, que era muito fechada, Francisco ordenou que um escravo fosse abrindo uma trilha até chegar na nascente. Partiu o escravo com uma foice na mão. Depois de algumas horas de serviço, volta o escravo de dentro da mata com uma imagem de São Vicente Ferrer. Falou para Francisco que tinha encontrada a imagem junto da nascente de água.Francisco ficou tão impressionado com a descoberta da imagem, que mandou construir uma capela no local e logo se formou um povoado em torno da capela. Do povoado tornou-se vila, e esta recebeu o nome de São Vicente de Minas, local de encontro de tropeiros e viajantes.
No sertão das Carrancas existem belíssimas igrejas e capelas. Muitas foram construídas por causa de imagens encontradas perto do local da construção. Como é o caso da Cidade de são Tomé das Letras.Na segunda metade do século XVIII um escravo que havia fugido de seu senhor, refugiou-se em uma gruta na serra do sertão das Carrancas, e ficou morando nela durante 18 anos. O lugar era de difícil acesso e cercado de mata fechada. Ali tinha abrigo, água e caça suficiente para sobreviver. Fazia arapucas para pegar pássaros e pequenos mamíferos. A mata também fornecia diversas frutas como amora, ingá, coquinhos, pequi, gabiroba e etc.O senhor do escravo nunca tinha desistido de achar ele novamente, pois tinha custado uma fortuna para ele. Fez diversas buscas na região, e nunca soube do seu paradeiro. Até que um dia teve um sonho onde uma pessoa com vestes religiosa mostrava o lugar onde o escravo estava escondido. Ela também dizia que ele deveria perdoar o escravo pelos seus atos.O senhor do escravo foi no outro dia no local indicado. Achou a gruta que era a mesma do sonho, mas seu escravo não estava mais morando nela. O que ele achou foram inscrições na parede da gruta e uma imagem de São Tomé.Depois de certo tempo o senhor do escravo pediu ao padre Francisco Alves Torres para construir uma capela em homenagem a São Tomé do lado da gruta. A obra ficou pronta em 1770. Logo se formou uma vila e esta recebeu o nome de São Tomé das Leras, por causa da imagem de São Tomé e das inscrições achadas dentro da caverna.
Desde os primeiros bandeirantes que estiveram na região do sertão, a presença de escravos era constante, principalmente indígena, pois eles sabiam enfrentar fome, eram habilidosos na caça e também na pesca.Logo a escravidão indígena foi diminuindo e passou a se escravizar africanos, pois eram mais fortes e resistentes para o trabalho forçado.A fuga de escravos começou a partir do século XVII em todo o Brasil. Os fugitivos montavam acampamentos nos matos, longe das vilas dos brancos, chamados de quilombo, que quer dizer (refúgio, abrigo).No sertão das Carrancas existia um quilombo, ficava na região que hoje seria Madre Deus de Minas e São João Del’ Rei, perto do Rio das Mortes onde aconteceu a guerra dos Emboabas.Essa fuga para o quilombo, vinha acontecendo desde os princípios do século XVIII, e contava com mais de 4000 quilombolas.Bartolomeu Bueno do Prado foi enviado pelo império português com um exército de mais de 1000 homens fortemente armados, a missão era destruir completamente o quilombo e matar todos, para que servisse de lição para os outros escravos.O exército cercou o quilombo, a guerra foi cruel e desumana, de um lado os quilombolas com lanças de madeira e pedras nas mãos, do outro, cavalaria fortemente armada com espadas e garruchas.Não demorou muito e Bartolomeu conseguiu vencer a resistência, voltou para Vila Rica com o dever cumprido e com 3900 orelhas cortadas. Nota-se que na época era comum o vencedor cortar a orelha vítima, servia como um troféu e para comprovar a vitória. Januário Garcia na sua vingança seguiu o mesmo exemplo que Bartolomeu.O quilombo do Rio das Mortes foi destruído em 1751, 82 anos mais tarde o sertão das Carrancas iria enfrentar um novo conflito entre escravos e seus Senhores, que ficaria conhecido como Revolta de Carrancas (1833).Já no começo do século XIX os escravos africanos começaram a se rebelarem contra seus donos, na maioria fazendeiros. Essa revolta seria a mais sangrenta do Sudeste do Império, como falou Marcos Ferreira de Andrade.A revolta durou muitos anos, escravos faziam emboscadas nas estradas e roças para matarem seus donos e familiares.O sonho de liberdade mais a sede de vingança dos maus tratos sofridos desencadearam uma rebelião que durou toda a primeira metade do século XIX.Em Carrancas são diversos casos de famílias que perderam parentes com a revolta. As famílias Teixeira e Andrade tiveram parentes mortos em emboscadas.Em Cruzília-MG a família Junqueira perdeu vários membros de sua família na fazenda Bela CruzEsse fato influenciou revoltas em várias partes de Minas Gerais. E contribuiu para acelerar as leis abolicionistas.Carrancas como palco da revolta, deixaria o Império assustado com uma revolta em massa.Francisco Teodoro Teixeira foi um dos que morreram em emboscadas no século XIX. Já ia tranquilamente por uma estrada com seu cavalo. Teve que parar em uma porteira foi quando derrepente saiu do mato vários escravos com pedaços de madeira nas mãos. Foi morto a paulada e sua perna amarrada e estribo do arreio. Os escravos assustaram o cavalo, e esse arrastou Teodoro de volta para a fazenda.Na fazenda do Leme um dia o senhor dos escravos saiu com eles para capinarem uma roça de milho. O senhor sempre ia prevenido com punhal e arma de fogo. Todos os dias eram a mesma coisa, sentava debaixo de uma árvore e ficava vendo seus homens capinarem no sol. Um belo dia quando estava tranquilamente descansando, o sol estava forte e mormaço escaldante, Deu uma pequena cochilada, acordou com um estalar de madeira, quando abriu os olhos recebeu uma enxadada na cabeça. Foi morto ali mesmo, e os escravos fugiram para a mata, certamente iriam para algum quilombo próximo.
Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, ( 1761 — 1808) foi um dos mais terríveis facínoras do interior brasileiro, pior que Lucas da Feira, Cunduru, Antônio Silvino, Lampião.Januário Garcia Leal foi um fazendeiro que vivia na propriedade denominada Ventania, situada no sul de Minas Gerais, juntamente com sua família e escravos. Em 21 de janeiro de 1802, recebeu carta patente assinada pelo Capitão General da Capitania de Minas Gerais, Bernardo José de Lorena, nomeando-o como Capitão de Ordenanças do Distrito de São José e Nossa Senhora das Dores (hoje Alfenas). Sua vida foi pacata até que um acontecimento trágico a mudou definitivamente: a morte covarde de seu irmão João Garcia Leal, que foi surpreendido perto da localidade de São Thomé das Letras por sete homens e atado nu em uma árvore, onde foi assassinado a sangue frio, tendo os homicidas retirado lentamente toda a pele de seu corpo.A burocrática justiça colonial mostrou-se absolutamente indiferente ao episódio, deixando impunes os sete irmãos que haviam perpetrado a revoltante barbárie. Foi assim que, ante a indiferença dos órgãos de repressão à criminalidade, Januário associou-se a seu irmão caçula Salvador Garcia Leal e ao tio, Mateus Luís Garcia, e, juntos, os três capitães de milícias assumiram pessoalmente a tarefa de localizar e sentenciar os autores do crime contra João Garcia Leal, dando início a uma perseguição atroz que relembrou obscuros tempos da história da humanidade, quando a justiça ainda era feita pelas próprias mãos.A lei escolhida por Januário, chefe do bando de justiceiros privados, foi a de talião, ou seja, a morte aos matadores – com o requinte estarrecedor de se decepar uma orelha de cada criminoso, juntando-as em um macabro cordão que era publicamente exibido como troféu pelos implacáveis vingadores.Somente depois de decepada a última orelha dos criminosos é que Januário deu-se por satisfeito. Até então, grande parte da então Capitania de Minas Gerais ficou sujeita à autoridade dos vingadores, que chegaram a desafiar magistrados e milicianos, sendo necessária a dura intervenção de Dom João VI, então Príncipe Regente de Portugal, para tentar debelar a ação dos capitães revoltados, que foram duramente perseguidos
POVOAMENTO DO SERTÃO DAS CARRANCAS DAS MINAS GERAIS
Em 1700 chega em Carrancas o Capitão Manuel Garcia, veio pela trilha que Fernão Dias tinha feito alguns anos antes. Manuel construiu a fazenda da rocinha, ponto estratégico na Estrada Real para o abastecimento das tropas bandeirantes.Depois da guerra dos Emboabas em 1709, Manuel Garcia não poderia ficar mais na região, pois era paulista e capitão. Não só ele, mas outros paulistas de Carrancas tiveram que abandonar o local, pois os paulistas tinham perdido a guerra, as minas de ouro e as terras de Minas Gerais, e quem ficasse poderia sofrer algum tipo de ameaça. Muitos foram para Goiás e Matos Grosso onde bandeirantes tinham encontrado novas minas de ouro. Manuel Garcia foi obrigado a vender sua fazenda em 1713 para Toledo de Pisa Castelhanos o famoso “fundador” de Carrancas que na verdade não foi. Toledo mudou-se de Carrancas em 1745 e em 1748 morreu na cidade de Campanha.Famílias como a dos Garcia, Leme, Prado, Tavares e Raposo que moravam na região, também tiveram que ir embora por causa da guerra, pois os familiares de soldados mortos na guerra poderiam sofrer algum tipo de represaria por parte dos vencedores.
ORIGEM DA SEDE DA FREGUESIA DO SERTÃO DAS
CARRANCAS DE MINAS GERAIS
O município de Carrancas tem sua origem devido às bandeiras paulistas que passaram na região em busca de riquezas, principalmente ouro. Antes da chegada dos portugueses, vivia na região do sertão os índios Cataguás, eles habitam lugares onde existiam cavernas. Tinham o costume de pintarem o corpo com argila branca. Eram canibais e os bandeirantes chamavam os Cataguás de tatus brancos, porque viviam em caverna e pintavam o corpo de branco. Foram dizimados e eram o terror dos bandeirantes, pois quando um índio capturava um português, levava para a caverna para ser assado. Em Carrancas podem ser vistos vestígios dessa tribo na cachoeira dos índios como pinturas rupestres, a caverna que moravam e pátio para celebrações.Os primeiros europeus a chegarem em Carrancas foi Fernão Dias Paes Leme com alguns filhos, seu genro Manuel de Borba Gato, Bartolomeu da Cunha Gago, Matias Cardoso de Almeida e alguns escravos.Fernão Dias chegou em Carrancas no final do ano de 1674. Na caminhada os bandeirantes anotavam em mapas tudo que pudessem tirar de características da região aonde iam passando, como serras, árvores, formações rochosas, rios etc. O nome Sertão das Carrancas é devido o formato de várias pedras na região que parecem ser carrancas. A região era boa para formação de um pouso, pois possuía muita água, caça e abrigo em sua formação rochosa. Fundado o pouso em Carrancas seguiu para o rio Grande onde se encontra a Capela do Saco, atravessou o rio e seguiu para o oeste até montar outro pouso, que mais tarde nasceria à cidade de Ibituruna. Fernão Dias morreu de febre no ano de 1681 com 73 anos de idade, depois de percorrer sete anos abrindo trilhas em Minas Gerais.

GEOGRAFIA DO SERTÃO DAS CARRANCAS DAS MINAS GERAIS

O Sertão das Carrancas era uma região que hoje abrangeria vários municípios do sul de Minas Gerais. São eles: Carrancas como centro, Minduri, São Vicente de Minas, Madre Deus de Minas, Itutinga, Itumirin, Ingaí, Bom Sucesso, Lavras, Luminárias e São Tomé das Letras.Essa região possui serras que chegam a mais de 1500 metros de altitude. Tem rios importantes como: rio Grande, rio Capivari, rio das Mortes, rio Aiuruoca, rio Pitangueiras, rio Ingaí e etc. A temperatura varia entre 0º e 35º, podendo variar para mais ou menos dependendo do local analisado. A sensação térmica no inverno pode chegar abaixo de zero nas zonas mais frias.As serras são belíssimas, com muitos picos e escarpas. Estas chegam a ter mais de 150 metros de paredão. Rochas de quartzitos, arenito e magmáticas são muito encontradas na região. Pedras ferro e de laje serviram para fazerem muros e alicerces na região.Esse sertão também possui muita água de qualidade. Água cristalina e belíssimas cachoeiras.A vegetação é de mata atlântica, cerrado, matas ciliares, campos e campos de altitude. Madeira de altíssima qualidade era farta na época como: jacarandá rosa, aroeira, candeia, óleo bálsamo, pombeiro, cedro, pinheiro e etc.A fauna é riquíssima, possuindo diversas espécies algumas endêmicas: capivara, paca, jacu, jacutinga, perdiz, pombas, paturi, veado campeiro, seriema, onça parda e pintada, jaguatirica, irara, lontra, macacos e sagüis, vários peixeis como: dourado, lambari, piau, tubarana, mandi, bagre, capinheiro, curimba, pirapitinga, traíra, cascudo e etc.As terras são muito boas para plantar e criar animais. O único problema que o agro pecuarista enfrenta é a forte seca do inverno, chegando a ficar quase seis meses sem chuva.Vários casos e lendas aconteceram nessa região durante esses 300 anos de história. Guerras como a dos Emboabas, revoltas como a dos escravos, vinganças como a do Januário Garcia, prosperidade como a dos bandeirantes, riquezas como a dos grandes fazendeiros, assombrações como a do cachorro com a boca vermelha, mitos, lembranças, recordações e histórias inexplicáveis como as luzes do céu.